SINDIFERRO: Ferroviários rejeitam proposta de ACT da FCA/VLI

Com base no processo democrático, a categoria dos ferroviários da Bahia e Sergipe, base do SINDIFERRO, rejeitou, em sua maioria (61,79%), a proposta final para celebração do Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2024 dos
trabalhadores da FCA/VLI.

Ao todo, foram 5 dias de viagens, transformadas em 14 Assembleias Gerais e Extraordinárias, nas bases localizadas nas cidades baianas de Simões Filho, Santo Amaro, Alagoinhas, Conceição da Feira, Petim, Serrinha, Santaluz, Itiúba, Senhor do Bonfim, Iaçu, Contendas do Sincorá, Licínio de Almeida e Brumado - incluindo a estação de Catiboaba, e mais a cidade de Aracaju-SE.

Os trabalhadores deram a resposta nas urnas e rechaçaram a proposta humilhante da empresa, que retira direitos conquistados há mais de vinte anos, além de conceder benefícios a alguns e não a outros, criando um clima de animosidade entre trabalhadores mais novos e mais antigos, entre o que ganham mais e os que ganham
menos.

Além disso, a proposta patronal impõe cláusulas que são ainda piores que as alterações realizadas na CLT com
a antirreforma trabalhista de Temer, aprovada pelo Congresso Nacional após o golpe de 2016.

Assim, o cenário é grave e tem gerado insatisfação. As nossas perdas nos últimos anos representam em torno 30%, e o que reivindicamos é reajuste salarial acima da inflação com expressivo ganho real, e não as migalhas oferecidas pela empresa.

O sindicato reivindica um reajuste salarial não apenas para preservar o nosso poder aquisitivo, mas também para aumentá-lo. Assim, além da empresa não conceder ganho real, excluiu muitos trabalhadores do reajuste
através da velha conversa do escalonamento.

Esse é o retrato da situação enfrentada pela categoria hoje. E de nossa parte, o papel foi cumprido. Nosso objetivo é justamente evitar que os salários dos trabalhadores fiquem defasados financeiramente por conta da inflação.

Após a eleição, em 10 de novembro, encaminhamos a Carta nº 124 à Ferrovia Centro Atlântica S.A. para informar o resultado das assembleias, e nossa pretensão em reabrir a negociação coletiva.

Organizar e lutar são as únicas saídas de impedir que o futuro de barbárie que imperialismo reserva destrua a força de trabalho e os nossos direitos.

Nessa conjuntura, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), realizou o seu 14º Congresso Nacional nos dias 19 a 22 de outubro, e aprovou, por unanimidade, a proposta dos congressos estaduais, de realização da Marcha a Brasília com indicação para o primeiro semestre de 2024, sendo o 1º de maio uma possibilidade.

Portanto, é necessária a unidade dos organismos da classe trabalhadora, organizados em seus sindicatos, para conjuntamente retomar os direitos que lhe foram roubados desde a reforma trabalhista, e que de certa
medida dão escora para a empresa empurrar de goela abaixo as cláusulas que retiram direitos e/ou exploram ainda mais de maneira brutal os ferroviários.

Fonte: Sindiferro

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